Olá, amigas e amigos! Hoje
oferecem-se rosas, e são para quem as quiser colher. São poucas, é verdade, mas
dão para muitos.
1 Nós, os
humanos, temos a capacidade de conhecer: não podemos considerar-nos
absolutamente cépticos, apesar das ilusões que por vezes nos pregam os
sentidos. Pois então, se os outros animais conhecem o suficiente para saberem
governar a sua vida, nós não havíamos de conhecer e saber? Se assim não fosse,
a evolução ter-nos-ia corrigido, seguindo outro caminho, o caminho certo para
podermos conhecer e, assim, governarmos a nossa vida.
2 – Todo o
animal, sobremaneira o humano, tem uma grande curiosidade em saber. O que é natural,
pois se trata de conhecer suficientemente bem o mundo em que vive, o seu habitat.
A evolução apetrechou-o dessa curiosidade necessária. Quanto ao homem, porém, a
religião, logo desde o pecado original por se ter comido da árvore da ciência e
do saber, luta contra essa congénita curiosidade, propondo a crença e limitando
a ciência.
3 – Cobrimos
de aura, de mito e de mistério as coisas, para darmos campo ao desejo, à
imaginação e ao sonho. Chamam a isso mistério, ao qual se pode aderir pela fé.
Esta será por exemplo a posição de João Maia, escrevendo sobre o pensador Alain
(ver Enciclopédia Verbo). É também a posição de Pascal, de
Kant e de Kung: para darem lugar à fé, interrompem o labor da razão. É o desejo
a prevalecer sobre a razão.
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