sexta-feira, 22 de novembro de 2013

192.1-3 - Seis Rosas dos Jardins de Adónis


Olá, amigas e amigos! Hoje oferecem-se rosas, e são para quem as quiser colher. São poucas, é verdade, mas dão para muitos.

1 Nós, os humanos, temos a capacidade de conhecer: não podemos considerar-nos absolutamente cépticos, apesar das ilusões que por vezes nos pregam os sentidos. Pois então, se os outros animais conhecem o suficiente para saberem governar a sua vida, nós não havíamos de conhecer e saber? Se assim não fosse, a evolução ter-nos-ia corrigido, seguindo outro caminho, o caminho certo para podermos conhecer e, assim, governarmos a nossa vida.

2 – Todo o animal, sobremaneira o humano, tem uma grande curiosidade em saber. O que é natural, pois se trata de conhecer suficientemente bem o mundo em que vive, o seu habitat. A evolução apetrechou-o dessa curiosidade necessária. Quanto ao homem, porém, a religião, logo desde o pecado original por se ter comido da árvore da ciência e do saber, luta contra essa congénita curiosidade, propondo a crença e limitando a ciência.


3 – Cobrimos de aura, de mito e de mistério as coisas, para darmos campo ao desejo, à imaginação e ao sonho. Chamam a isso mistério, ao qual se pode aderir pela fé. Esta será por exemplo a posição de João Maia, escrevendo sobre o pensador Alain (ver Enciclopédia Verbo). É também a posição de Pascal, de Kant e de Kung: para darem lugar à fé, interrompem o labor da razão. É o desejo a prevalecer sobre a razão.

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