1 - Olá! Quando um problema invade a
colmeia humana, logo as abelhas de serviço inventam uma teoria para o
solucionar. Mas como depois, passado pouco tempo, se averigua que o problema
não ficou resolvido, logo se inventa uma outra teoria, contrapondo-se à
primeira. Mas como ainda não foi desta que o problema concreto se resolveu,
outra teoria mais se inventa … e assim por diante sem fim, sem jamais as abelhas
encontrarem a desejada solução para o concreto problema que incomoda o enxame!
2 – As abelhas não encontram porque,
sobrepondo-se as teorias umas contra as outras, mais as abelhas e as suas
teorias se afastam do real problema concreto, para o qual pretendem encontrar
solução.
3 - Ora experimentem as abelhas a
mandar às malvas essas camadas e camadas de elucubrações mentais que em si
foram amontoando, com elas encobrindo e fazendo esquecer o real problema
concreto, problema que, tal como as abelhas, dadas sempre as novas circunstâncias,
também vai mudando com o tempo. Olhem as abelhas directamente para o problema,
sem empecilhos teóricos do intelecto, com a sua mente limpa; olhem para as
causas do problema; olhem sobremaneira para si, conheçam-se melhor; vejam
sobretudo como, com esse mais perfeito autoconhecimento, tal problema concreto
surgiu na colmeia … e persiste. Sem levantar novas teorias! Só olhando, olhando
de uma forma global, para si e para o problema; olhando não com o intelecto que
separa conceptualmente, mas com a inteligência que engloba e leva à compreensão
holística de nós, e também do problema objectivo que é nosso e faz mesmo parte
de nós (ver texto 15)! Será que assim, e então, não ficará resolvido o
problema? Mera utopia?
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