sábado, 11 de agosto de 2012

81 - Em Comunhão com o Planeta


1 – Olá! Passeio por esta secreta estrada, silenciosa e lisa. O céu está azul, o sol resplandece sobre a Natureza, e a Terra prende-me a si, à exacta medida: não mais porque não poderia andar, não menos porque me perderia no Universo.
Descendo das primeiras partículas do Universo, de ainda antes do big bang, que dá início ao tempo. Elas expandiram-se, primeiro vertiginosamente; depois, já no tempo, de uma forma mais lenta. Elas deram origem às estrelas, aos planetas, às galáxias; delas se fizeram os átomos, as moléculas e também as células da vida, da qual participamos.

2 - Porque é que eu estou vivo, viva consciência de mim e do planeta e do Universo, ainda que com vida de não mais que um dia, efémera vida como a das rosas dos jardins de Adónis? Mas também há as não imaginárias rosas, as dos jardins dos humanos, feitas elas também de elementos com que se fazem e fizeram e farão as estrelas e os planetas e nós mesmos.
Perdidos no Universo, ou ligados a tudo aquilo que o constitui? Há vida consciente em outros lugares do Universo? Ou será daqui que ela um dia poderá passar para lá, por nós levada?

3 - O Problema é que, aqui na Terra, há o frenesim do desenfreado desenvolvimento insustentável! Mas para quê esse frenético desenvolvimento contínuo? Para quem? Só para alguns ou para benefício de todos, sobretudo os mais pobres? Com que prejuízos para o nosso planeta comum? Não está ele já carenciado de algumas matérias-primas? Não está também já cheio de lixos, tanto em terras como em oceanos e ares? Será possível reciclar os já existentes e depois os que hão-de vir? Quem irá pagar esses serviços? Até quando o planeta, já tão doente, aguentará estes desmandos e toda esta inconsciência dos bichos humanos?
Não nos sentiremos obrigados a salvar a vida? Não será urgente a comunhão com o planeta que é a nossa morada?

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