Entre o Prazer e a
Dor,
com o Apoio da Virtude
Vivemos a nossa vida
entre o prazer e a dor;
e não sendo só animais
mas sim também racionais,
sabemos unir os dois,
com o hábito da virtude.
Na ampla sala da alma
o espírito vê e ouve
a ressoarem as paixões
que a ela sobem do corpo
pedindo instando rogando
prazeres, ou, ao contrário,
aborrecendo repelindo
abominando dores.
Mas o impassível espírito,
sobrevoando a vida,
vida havida e por haver,
diz ao corpo que há prazeres
que levam a grandes dores
e que há dores a conduzirem
a prazeres muito maiores.
Chegamos assim à virtude,
hábito virtude ou calo,
que ajuda a vencer as dores
E a bem soarem as cordas
da guitarra que é a vida.
Prazer sim, pois, só prazer,
Mesmo que à custa de dores
bem vencidas p’la virtude,
prazer que seja total,
do corpo e espiritual.
Nota: Dedico este texto a José Reis, meu irmão, a quem devo
o melhor desta doutrina. Obrigado. João
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