quinta-feira, 18 de outubro de 2012

99 - Mal-Aventuranças e Bem-Aventuranças


Mal-Aventuranças e Bem-Aventuranças

Mal-aventurados 1 - Os iluminados (e os) fanáticos que fazem do povo ratinhos para testar as suas teorias não experienciadas;
                            2 - Os que, acossados, anunciam de rompante ao povo as suas descabeladas medidas imediatamente antes de um jogo de futebol, para que os efeitos desse anúncio passem logo ao subconsciente, e assim a dureza das medidas anunciadas não se faça sentir;
                             3 - Os que, de forma dificilmente compaginável, no mesmo passo em que anunciam um enorme e nunca visto aumento de impostos, também conseguem beijar o povo dizendo que ele é o melhor povo do mundo;
                             4 - Os que só se interessam por ser bons alunos, mesmo depois de as teorias dos seus mestres serem por estes mesmos rejeitadas;
                             5 - Os que anunciam as suas medidas ao povo, sem lhe mostrarem os princípios em que as fundamentam e o que com elas querem atingir;
                             6 - Os que escondem com um verniz de entendimento, as suas desavenças partidárias;
                             7 - Os que confundem determinação com pertinácia;
                             8 - Os que são carreiristas de partido, em vez de, fora dele, terem experiência administrativa em empresas e sobretudo em autarquias.
E agora,
Bem-aventurados 1- Os políticos que servem o povo de uma forma impoluta – (ainda os há) – porque esses são os heróis e os santos de hoje;
                              2 – Os cidadãos que, embora não façam parte de partidos – e já tendo provado os seus méritos por dedicação à causa pública – têm a coragem de emergir do povo para o governarem;
                              3 – Os que sabem distinguir o que é moral do que é só legal, e, nessa conformidade governam, aplicando os dinheiros públicos em coisas de importância substantiva para todo o povo, e não para empresas de amigalhaços de partido;
                              4 – Os cidadãos corajosos e competentes que, nesta aflição em que estamos e se preciso for, avancem para integrar um governo de salvação nacional, no sentido de, muito embora também com grande austeridade, arrepiarmos caminho desta senda que nos está levando ao abismo, convencendo as indecisas chefias europeias nesse sentido. O povo precisa de ver sentido em todo o processo de ajustamento.
                              5 – Todos os cidadãos que ainda acreditam neste pequenino país no meio de um grande mundo violentamente competitivo e globalizado, pela sua luz e pelo sol, pela amenidade do seu clima, pelas suas montanhas e pelo bramido do mar, pela gostosa e saudável comida, também pela afabilidade e solidariedade das pessoas, ainda pela ternura que ressuma do “Made with love in Portugal”, marca de fabrico para todo o mundo, como alguém muito bem notou. Porque, como também observou um responsável da ANJE, “Portugal é um paraíso para a produção”.
                             

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