Todos os anos, no Inverno,
antes da Primavera,
nós podamos as árvores dos quintais,
da lenha não necessária,
inútil e perniciosa
para a produção de frutos.
Muitas vezes nós sofremos
por fazermos comparações
e nos deixarmos seduzir
pelo nosso imaginário,
por afunilarmos o olhar
e não nos transcendermos …
Porque não procedemos
a semelhante poda
aos ramos secos ou inúteis
da árvore da nossa vida?
O fértil húmus da terra
e as chuvas que caem do céu
agradecem.
Porque depois,
no início do Outono,
na árvore nua de folhagens
ao sol esplenderão os frutos,
os “dios-piros”, o “fogo de deus”.
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