sábado, 24 de dezembro de 2011

Nota Solta

Um país com futuro
Nós não andamos numa “jangada de Pedra” juntamente com a Espanha, perdidos no oceano. Nós estamos, sozinhos, radicados nesta ponta da Europa, mas somos uma muito importante placa giratória para todos os continentes!
A principal razão que nos moveu em demanda de descobertas no mar e para além do mar, foi a necessidade de alargar os nossos horizontes, já que não podíamos alargá-los para o leste continental. Desse lado, para nós, “nem bom vento nem bom casamento”. Só com o mar podíamos subsistir como povo independente. E alargando os horizontes para os lados do mar, descobrimos mundos de todos os continentes, onde deixámos língua e alguma civilização e cultura, para além da semente de novas vidas humanas, em miscigenação com as nativas.
A China, onde por muitos séculos estivemos, entrou agora no capital da EDP, estabelecendo-se assim uma duradoira e poderosa relação económica e financeira entre os dois países, cada um deles no seu diferente continente deste vasto mundo globalizado. Participamos na comunidade europeia, sim senhor, mas podemos relativizar essa ligação à Europa, onde se vê que há egoísmos exacerbados e nos têm por um minguado e pobre país do sul e de madraços.Com o interesse que a China manifestou por nós, em razão do valor da empresa e talvez mais por sermos essa placa giratória para se chegar a todo o mundo mas sobretudo aos três continentes do Atlântico, nós podemos merecer melhor consideração de alemães e de americanos e das suas fatídicas agências mercantis.
Mas para além da estratégica posição que temos, neste mundo globalizado, nós temos uma das maiores áreas marítimas do mundo, e para mais muito rica de vida e de minério. Mas sem capitais e sozinhos, não podemos fazer essa exploração. Ora, também para isto, a China pode ser um nosso poderoso parceiro, como também nós podemos ser para ela.
Bem fez o governo em chamar a si todo o processo da referida privatização, sem intermediários, assim nos furtando à extracção de avultada maquia por parte dos poderosos lobbies financeiros, para além de assim dar uma boa sapatada nesses mercados.
Integrados embora nesta Europazinha indecisa e desavinda consigo mesma, nós não somos um país periférico; nós estamos é no centro do mundo! Quer dizer: poderemos ter futuro.

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