quinta-feira, 8 de setembro de 2016

456.2 - Água

2 - Subamos agora a longa escada do tempo até quase ao momento em que estamos, voemos para o Brasil, mais determinadamente para São Paulo, onde o professor Arnaldo Lichtenstein – um jovem de 46 anos como faz questão de se dizer – se prepara para dar uma aula aos alunos do quarto ano de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, sobre a “Ingestão de água após os 60 anos”. E como uma boa maneira de iniciar uma aula é logo começar por fazer perguntas aos alunos, eles irão já tentar responder a esta:
- Quais são as causas que mais fazem as pessoas com mais de 60 anos terem confusão mental?
- Tumor na cabeça? Doença de Alzheimer? – tentam eles adivinhar.
- Não, não - vai dizendo o professor aos alvitres dos alunos – Os três responsáveis mais comuns daquela confusão mental são a diabetes descontrolada, a infecção urinária e a falta de água.
- A falta de água?clamam incrédulos os alunos.
- Sim, sim! insiste o professor. – Precisamente a falta de ingestão de líquidos. É que, a partir dos 60 anos, temos pouco mais de 50% da devida água no corpo. Esta perda crescente faz parte do envelhecimento natural do organismo. Mas a questão torna-se ainda mais complicada – continua ele – precisamente porque, mesmo desidratados, os idosos não sentem vontade de beber água. Quer dizer, eles desidratam-se facilmente não apenas porque possuem uma reserva hídrica menor, mas também porque sentem menos a falta de água no corpo.

Enfim, vamos ver se todos nós aprendemos a lição do professor e sobretudo a pomos em prática, como também estes alunos e bem assim este jovem professor, quando todos chegarem a essas avançadas idades.

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