2 - Subamos agora a longa escada
do tempo até quase ao momento em que estamos, voemos para o Brasil, mais
determinadamente para São Paulo, onde o professor Arnaldo Lichtenstein – um
jovem de 46 anos como faz questão de se dizer – se prepara para dar uma aula
aos alunos do quarto ano de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, sobre a
“Ingestão de água após os 60 anos”. E como uma boa maneira de iniciar uma aula
é logo começar por fazer perguntas aos alunos, eles irão já tentar responder a
esta:
- Quais são as causas que mais
fazem as pessoas com mais de 60 anos terem confusão mental?
- Tumor na cabeça? Doença de
Alzheimer? – tentam eles adivinhar.
- Não, não - vai dizendo o professor aos alvitres dos alunos – Os três
responsáveis mais comuns daquela confusão mental são a diabetes descontrolada,
a infecção urinária e a falta de água.
- A falta de água? – clamam incrédulos os alunos.
- Sim, sim! – insiste o professor. – Precisamente a falta de ingestão de
líquidos. É que, a partir dos 60 anos, temos pouco mais de 50% da devida água
no corpo. Esta perda crescente faz parte do envelhecimento natural do
organismo. Mas a questão torna-se ainda mais complicada – continua ele –
precisamente porque, mesmo desidratados, os idosos não sentem vontade de beber
água. Quer dizer, eles desidratam-se facilmente não apenas porque possuem uma
reserva hídrica menor, mas também porque sentem menos a falta de água no corpo.
Enfim, vamos ver se todos nós
aprendemos a lição do professor e sobretudo a pomos em prática, como também
estes alunos e bem assim este jovem professor, quando todos chegarem a essas
avançadas idades.
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