Andamos
colectivamente empurrados
por forças menores ou
alheias
a tristeza a saudade
o destino
o sebastianismo o
quinto império
o fado migalha de
património do mundo
sempre o céu baixo de
uma sina
…
Em 85 uma voz clamou
“agora acabou-se o
fado”
…
Mas veio o abandono
dos mares e dos campos
vieram as
auto-estradas e os estádios estéreis
a pindérica opereta
“Fado - a história de um povo”:
só a barriga e as
paixões nos conduzem
e os ditames alheios
…
Mas nós é que,
outrora,
por nossa decisão,
descobrimos o mundo
e o tornámos redondo
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