1 - Olá! Falemos hoje do belo, do bom e do verdadeiro, e
também da relação que têm entre si e com a sabedoria.
Começando pelos antigos medievais,
eles diziam que aqueles três primeiros se convertem uns nos outros, tal é a
íntima relação que têm entre si.
E agora, no caso de um homem e de
uma mulher de sempre e também de hoje, é geralmente pela beleza corporal e espiritual que os dois caminham para a certeza de
que, no outro, cada um encontrará o amor, que é o bem ou o bom por excelência,
entre os mortais humanos.
2 - Coisa semelhante tem acontecido
também com a religião, sobretudo medieval e de depois do Concílio de Trento.
Sábia sempre como tem sido – a seu modo, naturalmente -, ela sabe muito bem que
é pela beleza das igrejas, dos
rituais, das imagens, das pinturas, da música, enfim de todo esse multiforme e
muitas vezes encantatório adorno, que ela consegue cativar a atenção dos seus
fiéis para o verdadeiro, para as verdades essenciais, e enfim para a
existência do sagrado e do Sumo Bem.
É certo que houve alguns religiosos
da Reforma, com Calvino à cabeça, que, despojando de todas as formas belas a religião, protestavam que o
essencial era só a Bíblia, mesmo que fosse pregada num despido e feio barracão.
Mas logo a religião mais antiga, renascida da Contra-Reforma, pôs as coisas
como estavam antes, se é que não exagerou nos enfeites, com toda aquela exuberância
da talha doirada em que nos perdemos em vez de nos encontrarmos.
3 - Mas agora, nesta sociedade
secular em que vivemos, também já muitos não crentes sabem que o caminho para a
sabedoria passa pelo belo, pelo bom e pelo verdadeiro.
Sabedoria é
o fruto da inteligência, e a inteligência
é amor e conhecimento. Amar/ conhecer e
conhecer / amar o bom, o belo e o verdadeiro, isso é saborear a bondade, a
beleza e a verdade em realidades existentes, isso é a sabedoria. Estes são os
frutos espirituais que o homem sábio terá gosto em saborear e comer.
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