sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

115 - Faz Frio


Em Nazaré ou Belém
- já não sei bem -
ou até nos dois sítios em simultâneo,
eu, o José, e aqui a minha Maria
de esperanças redondinha,
aqui estamos agora
nesta pobre casinha
à espera dessa hora.

Faz muito frio, lá fora;
e aqui dentro, faz-nos falta
 o bafo quente e antigo
do burro e da vaquinha,
ao menos quando vier a feliz hora.

Faz frio:
virá ao menos essa luz,
quando romper de dentro dela,
da minha Maria, a mais bela,
aquecer-nos?



Note Bem: Se o amigo seguidor ou casual leitor encalhar nos três primeiros versos da fala de José e não os perceber, não lhe vá logo pedir esclarecimentos porque ele agora está ocupado com quem mais precisa dele! Consulte, sim, o texto 23 - ou mais precisamente 23.1.2 - aqui deste blog (O Fascínio do Clube dos poetas vivos). Mas, se esses sintomas de dúvida persistirem, consulte ainda, não o médico ou farmacêutico, mas o autor deste blog, sempre disponível para o atender. Muito obrigado e … muito Boas Festas para todos.

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