1 - Olá, amigas e amigos! Notei
ontem à noite que ainda tinha, na geleira, umas broinhas de Natal. Nesse
luminoso tempo as comprei, as paguei com Iva e tudo como manda o fisco, e as
guardei, a estas remanescentes, para serem comidas mais tarde. Aqui estão elas,
as broinhas, depois de as ter tirado ontem do frio, agora prontinhas para
consumir. O bafo morno da manhã fez-lhes subir a temperatura e tê-las-há posto
tão fofinhas como quando saíram do forno. Comam! Sirvam-se todos, por favor! Partidas
em pequeninos, se preciso for, elas dão para muita gente e até para Vítor &
Passos, se quiserem! Sirvam-se à vontade! Tanto mais que é uma oferta cá da
casa! Pois então, eu não posso aqui inaugurar um novo modelo de economia? A “economia
do dom”? Ei-las então, as broinhas, para vossa delícia:
2.1 - Primeira broinha: “Aquilo (a falência do Lehman Brothers e a consequente
queda do capitalismo financeiro com o crash de Wall Street, em 15-9-2008) era um
terramoto que iria destruir o mundo tal qual o conhecemos. Aquilo era o anúncio
do colapso dos sistemas políticos democráticos ocidentais, manifestamente
incapazes de perceber e de controlar os agentes financeiros, pondo-os ao
serviço das economias” (Clara Ferreira Alves, Expresso de 3-11-12).
2.2 - Segunda
broinha: “ O que marcará definitivamente esta década (2003-12) será a implosão
de um sistema económico capturado pelo capital financeiro e especulativo (…) e
a autofagia do sistema financeiro internacional (…) O capitalismo do século XXI
devorou-se (…) levando consigo a economia, as empresas indefesas, o dinheiro
dos cidadãos e milhões de postos de trabalho no mundo inteiro” (Miguel Sousa
Tavares, Expresso de 3-11-12).
2.3 - Terceira
broinha: “Não foram os reformados que elaboraram as leis de acesso às pensões,
ou estabeleceram as fórmulas de cálculo para a definição do seu montante. Nem
foram eles que impuseram as condições do contrato a que o Estado os obrigou,
sem lhes oferecer alternativa (…) Alterar esse contrato através de leis com
efeitos retroativos (…) é violar os mais elementares princípios da boa-fé e da
confiança (…) Entrámos na fase do terrorismo social.” Fernando Madrinha, Expresso, 22-12-12.
2.4 - Quarta
broinha: “Em 2006, no âmbito da operação “Furacão”, Ricardo Salgado dizia: “…
(os bancos e) as pessoas têm de aprender que têm de pagar impostos, porque, se
fogem aos impostos estão a prejudicar a sociedade como um todo”. Mas, em 2012,
e a respeito do mesmo banqueiro, noticia-se que “Ricardo Salgado foi prestar declarações,
no processo “Monte Branco”, para esclarecer milhões de euros que colocou no
estrangeiro até 2010 e que não declarara ao fisco” (Nicolau Santos, Expresso de 5-1-13).
2.5 - Quinta
broinha: “O sistema financeiro
funciona como um casino sem regras (…) Os que criaram a crise são os
encarregados de a corrigir. É o mesmo que mandar a raposa guardar o galinheiro.
Vamos incubar a próxima crise” Filipe Gonzalez, Expresso, 5 - 1 - 13).
2.6 - Sexta broinha: A propósito de um banqueiro
ter dito que, em relação ao Banif, o governo tinha andado bem, o comentador
disse: “Eles (os banqueiros) deviam era ter vergonha de saírem à rua” (Miguel
Sousa Tavares, SIC, 7-1-13).
Sem comentários:
Enviar um comentário