domingo, 13 de janeiro de 2013

125 - Broinhas de Natal



1 - Olá, amigas e amigos! Notei ontem à noite que ainda tinha, na geleira, umas broinhas de Natal. Nesse luminoso tempo as comprei, as paguei com Iva e tudo como manda o fisco, e as guardei, a estas remanescentes, para serem comidas mais tarde. Aqui estão elas, as broinhas, depois de as ter tirado ontem do frio, agora prontinhas para consumir. O bafo morno da manhã fez-lhes subir a temperatura e tê-las-há posto tão fofinhas como quando saíram do forno. Comam! Sirvam-se todos, por favor! Partidas em pequeninos, se preciso for, elas dão para muita gente e até para Vítor & Passos, se quiserem! Sirvam-se à vontade! Tanto mais que é uma oferta cá da casa! Pois então, eu não posso aqui inaugurar um novo modelo de economia? A “economia do dom”? Ei-las então, as broinhas, para vossa delícia:

2.1 - Primeira broinha: “Aquilo (a falência do Lehman Brothers e a consequente queda do capitalismo financeiro com o crash de Wall Street, em 15-9-2008) era um terramoto que iria destruir o mundo tal qual o conhecemos. Aquilo era o anúncio do colapso dos sistemas políticos democráticos ocidentais, manifestamente incapazes de perceber e de controlar os agentes financeiros, pondo-os ao serviço das economias” (Clara Ferreira Alves, Expresso de 3-11-12).

2.2 - Segunda broinha: “ O que marcará definitivamente esta década (2003-12) será a implosão de um sistema económico capturado pelo capital financeiro e especulativo (…) e a autofagia do sistema financeiro internacional (…) O capitalismo do século XXI devorou-se (…) levando consigo a economia, as empresas indefesas, o dinheiro dos cidadãos e milhões de postos de trabalho no mundo inteiro” (Miguel Sousa Tavares, Expresso de 3-11-12).

2.3 - Terceira broinha: “Não foram os reformados que elaboraram as leis de acesso às pensões, ou estabeleceram as fórmulas de cálculo para a definição do seu montante. Nem foram eles que impuseram as condições do contrato a que o Estado os obrigou, sem lhes oferecer alternativa (…) Alterar esse contrato através de leis com efeitos retroativos (…) é violar os mais elementares princípios da boa-fé e da confiança (…) Entrámos na fase do terrorismo social.” Fernando Madrinha, Expresso, 22-12-12.

2.4 - Quarta broinha: “Em 2006, no âmbito da operação “Furacão”, Ricardo Salgado dizia: “… (os bancos e) as pessoas têm de aprender que têm de pagar impostos, porque, se fogem aos impostos estão a prejudicar a sociedade como um todo”. Mas, em 2012, e a respeito do mesmo banqueiro, noticia-se que “Ricardo Salgado foi prestar declarações, no processo “Monte Branco”, para esclarecer milhões de euros que colocou no estrangeiro até 2010 e que não declarara ao fisco” (Nicolau Santos, Expresso de 5-1-13).

2.5 - Quinta broinha: “O sistema financeiro funciona como um casino sem regras (…) Os que criaram a crise são os encarregados de a corrigir. É o mesmo que mandar a raposa guardar o galinheiro. Vamos incubar a próxima crise” Filipe Gonzalez, Expresso, 5 - 1 - 13).

2.6 - Sexta broinha: A propósito de um banqueiro ter dito que, em relação ao Banif, o governo tinha andado bem, o comentador disse: “Eles (os banqueiros) deviam era ter vergonha de saírem à rua” (Miguel Sousa Tavares, SIC, 7-1-13).

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