quinta-feira, 23 de julho de 2015

315 - Religiosidade e Espiritualidade

         1 – Olá amigas e amigos! Religiosidade e espiritualidade serão só uma e a mesma coisa, ou, embora com semelhanças, são duas coisas diversas?
         Para tentar responder a esta questão, citarei dois textos integrados na obra Deus Ainda Tem Futuro?, recentemente publicada e com coordenação de Anselmo Borges (ed. Gradiva). O primeiro texto leva o título O Deus do Oriente e o Deus do Ocidente: a transformação inter-religiosa da fé, e tem a autoria de Juan Masiá, filósofo e teólogo na Universidade Sophia, em Tóquio; o segundo intitula-se Neurociência e Espiritualidade, escrito por Miguel Castelo-Branco, médico e neurocientista, Director do IBILI, Universidade de Coimbra.
        
2 - Eis então a citação do primeiro texto, já na sua conclusão: “O nome futuro da religião e da espiritualidade será a profundidade humana, a tomada de consciência e o contacto com a dimensão de profundidade da vida para agradecer que estamos recebendo vida (sendo vivificados) e para darmos vida (vivificarmo-nos) uns aos outros. Esta é a espiritualidade do futuro, a espiritualidade do Espírito de Vida: consciência agradecida da vida e praxis de dar vida” (pp. 178-179).

E agora, a citação do segundo texto, também na sua conclusão: “Toda a visão holística do mundo é uma forma de fé na sua forma mais básica. Não ocorre necessariamente apenas na fé ou crença religiosa. Como (já) referimos, mesmo os cientistas ateus podem ter um pensamento profundamente espiritual” (p.81), como é o caso de Richard Dauwkins, autor de A Desilusão de Deus, como noutro passo do seu texto o autor exemplifica (p. 76). E logo a seguir, na mesma conclusão, acrescenta: “A sua demanda científica (dos cientistas ateus) pode ser um acto de fé e a descoberta de novos níveis de complexidade e propriedades emergentes levam a experiências profundamente espirituais”.

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