1 – Olá amigas e amigos!
Religiosidade e espiritualidade serão só uma e a mesma coisa, ou, embora com semelhanças,
são duas coisas diversas?
Para tentar responder a esta questão,
citarei dois textos integrados na obra Deus
Ainda Tem Futuro?, recentemente publicada e com coordenação de Anselmo
Borges (ed. Gradiva). O primeiro texto leva o título O Deus do Oriente e o Deus do
Ocidente: a transformação inter-religiosa da fé, e tem a autoria de Juan
Masiá, filósofo e teólogo na Universidade Sophia, em Tóquio; o segundo
intitula-se Neurociência e Espiritualidade, escrito por Miguel
Castelo-Branco, médico e neurocientista, Director do IBILI, Universidade de
Coimbra.
2 - Eis então a citação do primeiro texto, já na sua
conclusão: “O nome futuro da religião e da espiritualidade será a profundidade
humana, a tomada de consciência e o contacto com a dimensão de profundidade da
vida para agradecer que estamos recebendo vida (sendo vivificados) e para
darmos vida (vivificarmo-nos) uns aos outros. Esta é a espiritualidade do
futuro, a espiritualidade do Espírito de Vida: consciência agradecida da vida e
praxis de dar vida” (pp. 178-179).
E agora, a citação do segundo texto, também na sua conclusão:
“Toda a visão holística do mundo é uma forma de fé na sua forma mais básica.
Não ocorre necessariamente apenas na fé ou crença religiosa. Como (já)
referimos, mesmo os cientistas ateus podem ter um pensamento profundamente
espiritual” (p.81), como é o caso de Richard Dauwkins, autor de A Desilusão de Deus, como noutro passo
do seu texto o autor exemplifica (p. 76). E logo a seguir, na mesma conclusão, acrescenta:
“A sua demanda científica (dos cientistas ateus) pode ser um acto de fé e a
descoberta de novos níveis de complexidade e propriedades emergentes levam a
experiências profundamente espirituais”.
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