domingo, 28 de dezembro de 2014

261 - Como as Crianças Vêem e Vivem o Amor

        1 - Olá, amigas e amigos! Depois de identificarmos e versarmos “o ousado mergulho do amor”, aplicado aos adultos (ver texto 252), vamos agora ao caso das crianças a fim de percebermos como elas vêem e vivem o amor, e como verbalizam essa sua vivência. Para tanto, tenhamos por base o precioso material que amavelmente nos chegou por e-mail, em formato de pps:

         2 - “Amor é abraçar-se, amor é beijar-se, amor é dizer não” (menina de 8 anos);
         “Amor é quando a mamã vê o papá a chegar do trabalho, sujo e com mau odor, e diz-lhe que ele é mais bonito que o Brad Pitt” (menina de 8 anos);
         “Quando falas com alguém sobre alguma coisa de ti, mesmo que sintas que essa pessoa vai gostar menos de ti por esse motivo, vais-te surpreender porque, além de te continuar amando, agora ainda gostará mais de ti” (menina de 7 anos);
         “Amor é quando tu dizes a um rapaz que ele está a usar uma camisa linda, e ele começa a usá-la todos os dias” (menina de 7 anos);
         “Quando tu amas alguém, as tuas pestanas sobem e baixam … e pequenas estrelinhas saem de ti” (menina de 7 anos);
         “Amor é quando uma velhinha e um velhinho, que são muito amigos, apesar de se conhecerem há muito tempo” (menino de 6 anos);
         “Amor é quando tu sais a almoçar e ofereces as tuas batatas fritas, sem esperar que ele te ofereça também as batatas fritas dele” (menina de 6 anos);
         “Se queres aprender a amar melhor, deves começar com alguém que não te liga nada” (menina de 6 anos);
         “Amor é quando uma moça coloca perfume e o rapaz coloca loção para barbear, depois saem juntos e misturam tudo” (menino de 5 anos);
         “Quando alguém te ama, a forma de dizer o teu nome é diferente: sabes que o teu nome está certo na sua boca” (menino de 4 anos);
         “Amor é o que te faz sorrir quando estás cansado” (menino de 4 anos);
         “Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois” (menino de 4 anos);
         “Amor é quando o teu cão te lambe a cara, mesmo que tu o deixes sozinho o dia inteiro” (menino de 4 anos).

         3 – O amigo leitor (ou leitora) deve ter reparado que as referidas intervenções estão ordenadas segundo a idade dos seus autores: das crianças mais crescidas para as mais novinhas. Fomos nós que as ordenámos assim. Para quê? Para evidenciar que, segundo nos parece, à medida que descemos na idade, as intervenções tornam-se mais gostosas, mais curiosas e belas!
         As crianças não dissertam, não especulam sobre o amor com conceitos e cerrado encadeamento de ideias como fazem os adultos; não usam a razão para conhecer e falar sobre o amor. As crianças praticam o melhor porque elas conhecem e vêem o amor na sua própria acção de amarem. Para elas, o amar é a fina flor do conhecer. Após as sensações, a sua mente não se emaranha em conceitos e elucubrações mentais que desvirtuam e escondem a realidade do vivo amor. Após as sensações e face a face, as crianças simplesmente contemplam. Elas vêem o amor sem intermediações, palpitante de vida.
         Em suma, as crianças não procedem a ousados mergulhos de amor porque, naturalmente, o amor é o ambiente em que elas navegam.


Para a Isabel, especialmente, assídua leitora destes textos.

Sem comentários:

Enviar um comentário