1 - Olá, amigas e amigos! Depois de
identificarmos e versarmos “o ousado mergulho do amor”, aplicado aos adultos
(ver texto 252), vamos agora ao caso das crianças a fim de percebermos como
elas vêem e vivem o amor, e como verbalizam essa sua vivência. Para tanto,
tenhamos por base o precioso material que amavelmente nos chegou por e-mail, em formato de pps:
2 - “Amor é abraçar-se, amor é
beijar-se, amor é dizer não” (menina de 8 anos);
“Amor é quando a mamã vê o papá a
chegar do trabalho, sujo e com mau odor, e diz-lhe que ele é mais bonito que o
Brad Pitt” (menina de 8 anos);
“Quando falas com alguém sobre alguma
coisa de ti, mesmo que sintas que essa pessoa vai gostar menos de ti por esse
motivo, vais-te surpreender porque, além de te continuar amando, agora ainda
gostará mais de ti” (menina de 7 anos);
“Amor é quando tu dizes a um rapaz que
ele está a usar uma camisa linda, e ele começa a usá-la todos os dias” (menina
de 7 anos);
“Quando tu amas alguém, as tuas
pestanas sobem e baixam … e pequenas estrelinhas saem de ti” (menina de 7
anos);
“Amor é quando uma velhinha e um
velhinho, que são muito amigos, apesar de se conhecerem há muito tempo” (menino
de 6 anos);
“Amor é quando tu sais a almoçar e ofereces
as tuas batatas fritas, sem esperar que ele te ofereça também as batatas fritas
dele” (menina de 6 anos);
“Se queres aprender a amar melhor,
deves começar com alguém que não te liga nada” (menina de 6 anos);
“Amor é quando uma moça coloca perfume
e o rapaz coloca loção para barbear, depois saem juntos e misturam tudo”
(menino de 5 anos);
“Quando alguém te ama, a forma de dizer
o teu nome é diferente: sabes que o teu nome está certo na sua boca” (menino de
4 anos);
“Amor é o que te faz sorrir quando
estás cansado” (menino de 4 anos);
“Há dois tipos de amor, o nosso amor e
o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois” (menino de 4 anos);
“Amor é quando o teu cão te lambe a
cara, mesmo que tu o deixes sozinho o dia inteiro” (menino de 4 anos).
3 – O amigo leitor (ou leitora) deve
ter reparado que as referidas intervenções estão ordenadas segundo a idade dos
seus autores: das crianças mais crescidas para as mais novinhas. Fomos nós que
as ordenámos assim. Para quê? Para evidenciar que, segundo nos parece, à medida
que descemos na idade, as intervenções tornam-se mais gostosas, mais curiosas e
belas!
As crianças não dissertam, não
especulam sobre o amor com conceitos e cerrado encadeamento de ideias como
fazem os adultos; não usam a razão para conhecer e falar sobre o amor. As
crianças praticam o melhor porque elas conhecem e vêem o amor na sua própria
acção de amarem. Para elas, o amar é a fina flor do conhecer. Após as
sensações, a sua mente não se emaranha em conceitos e elucubrações mentais que
desvirtuam e escondem a realidade do vivo amor. Após as sensações e face a
face, as crianças simplesmente contemplam. Elas vêem o amor sem intermediações,
palpitante de vida.
Em suma, as crianças não procedem a
ousados mergulhos de amor porque, naturalmente, o amor é o ambiente em que elas
navegam.
Para a Isabel,
especialmente, assídua leitora destes textos.